sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Religião da Bolívia sofre ameaça pela nova Constituição

Por Beatriz Campos e Yasmin Spedo

A Bolívia atual possui marcas culturais baseadas em fortes tradições indígenas. Esse é o país da América do Sul em que as matrizes étnicas dos diferentes povos pré-colombianos são mais presentes na formação de sua sociedade. Contrastando com essa característica marcante, encontramos as contribuições culturais herdadas dos colonizadores espanhóis que lá chegaram ao século XVI.  Portanto, o que notamos é o inegável choque cultural.

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A constituição do país garante a liberdade religiosa e as crenças espirituais de acordo com as suas visões do mundo. O direito das nações e povos indígenas à sua identidade cultural, crenças religiosas, espiritualidade, práticas e costumes é expressamente protegido. Entretanto, esse direito está sendo ameaçado no país, atualmente.

Muitas igrejas, católicas e evangélicas, alegam que o atual presidente do país, Evo Morales, está tornando a evangelização um crime tão grave quanto a exploração cultural, venda de órgãos, turismo pornográfico e mendicância forçada, por exemplo. O artigo 88 do novo código penal, estabelecido em janeiro de 2018, criminaliza algumas atividades religiosas, sendo uma delas a conversão religiosa.

Atualmente, há um processo legislativo para anular a nova lei, que ainda não entrou em vigor. A votação já foi concluída pela Câmara dos deputados, agora segue para o Senado e, depois, irá passar pelo presidente Evo Morales para a sanção. Ainda assim, os manifestantes continuam pedindo que a nova legislação criminal seja revogada antes mesmo de entrar em vigor.

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